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"A Jornada da Felicidade: Entre a Busca e a Construção Subjetiva"

Atualizado: 2 de jul.

A felicidade é um dos conceitos mais universais e, ao mesmo tempo, mais individuais da experiência humana. Todos aspiram a ela, mas poucos concordam sobre seu significado exato. Neste artigo, exploraremos as múltiplas facetas da felicidade — desde a ideia de "felicidade plena" até a desconstrução de mitos que a cercam —, mergulhando em como nossa mente molda essa busca e por que ela é, acima de tudo, uma construção subjetiva.

Homem contempla paisagem futurista; carros voadores, robôs e alienígenas

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  1. O Que É Felicidade? Entre o Prazer e o Propósito  

A felicidade costuma ser dividida em duas dimensões:  

  • Hedônica: Relacionada ao prazer imediato, como comer uma comida favorita ou viajar.  

  • Eudaimônica: Ligada ao sentido de propósito, como realizar um sonho ou contribuir para algo maior.  


Estudos da psicologia positiva, campo liderado por Martin Seligman, sugerem que a felicidade duradoura surge do equilíbrio entre essas duas dimensões. A felicidade plena (ou "eudaimonia") vai além dos momentos efêmeros: é um estado de contentamento profundo, associado à autorrealização e à conexão com valores pessoais, como propôs Abraham Maslow em sua hierarquia de necessidades.

Arte futurista: contraste entre progresso e ruína

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  1. Felicidade como Estado vs. Emoção Passageira  

A felicidade pode ser tanto um estado emocional temporário (alegria ao receber uma boa notícia) quanto um estado duradouro de bem-estar. Neurocientificamente, hormônios como dopamina e serotonina desempenham papéis cruciais, mas fatores psicológicos — como gratidão, relacionamentos saudáveis e resiliência — são igualmente determinantes.  


A armadilha está em confundir a busca por picos de prazer (hedonismo) com a construção de uma vida significativa. Como observou o filósofo Aristóteles: "A felicidade depende de nós mesmos", mas exige prática constante, não apenas conquistas externas.

Homem correndo rumo a um futuro brilhante, "The Journey of Happiness"

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  1. A Sombra da Felicidade: Não Felicidade e Desfelicidade  

Nem todo momento é — ou precisa ser — feliz. A não felicidade refere-se a um estado neutro, de aceitação serena da realidade, enquanto a desfelicidade envolve sofrimento ativo, como ansiedade ou frustração.  


Curiosamente, a pressão social para "ser feliz o tempo todo" pode gerar paradoxos. O psicólogo Tal Ben-Shahar chama isso de "ditadura da positividade": quando negamos emoções "negativas", aumentamos a infelicidade. O budismo já alertava para esse ciclo ao falar sobre dukkha (frustração inerente à condição humana) e a importância de abraçar a impermanência.

Arte abstrata: jornada mística com Buda, trem e cidade futurista

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  1. Felicidade como Meta: A Ilusão do "Quando Eu..."  

Muitos tratam a felicidade como um destino: "Serei feliz quando tiver um emprego melhor, quando me casar, quando comprar uma casa...". Esse pensamento nos coloca na esteira hedônica, termo cunhado por psicólogos para descrever como nos adaptamos a conquistas materiais, sempre querendo mais.  


A verdade é que a felicidade não é um ponto de chegada, mas uma jornada de autoconhecimento. Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto, escreveu em "O Homem em Busca de um Sentido" que mesmo nas piores circunstâncias, podemos encontrar significado — e, assim, uma forma de felicidade resiliente.

Duas figuras caminhando em escada rumo a luz brilhante.

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  1. A Subjetividade da Felicidade: Como Sua Mente Constrói a Realidade  

A felicidade é profundamente subjetiva. O que traz alegria para um (como solitude e leitura) pode ser entediante para outro (que prefere socializar). Nossa percepção é moldada por:  

  • Cultura: Sociedades coletivistas valorizam harmonia social; individualistas priorizam conquistas pessoais.  

  • Experiências de vida: Traumas ou memórias afetivas influenciam prioridades.  

  • Expectativas: Comparar-se com padrões irreais (como nas redes sociais) gera frustração.  


A neurociência cognitiva explica que nosso cérebro não registra a realidade "como ela é", mas interpreta-a com base em crenças e filtros emocionais. Ou seja, duas pessoas podem viver a mesma situação e sentir níveis radicalmente diferentes de felicidade.

Viagem futurista rumo à felicidade, arte digital

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  1. Felicidade como Construção Mental: Como Reprogramar Seu Olhar  

Se a felicidade é subjetiva, podemos cultivá-la através de:  

  • Gratidão ativa: Estudos mostram que listar três coisas pelas quais você é grato diariamente aumenta o bem-estar.  

  • Mindfulness: Práticas meditativas ajudam a focar no presente, reduzindo a ansiedade pelo futuro.  

  • Resiliência emocional: Aceitar emoções difíceis como parte da vida, sem julgá-las.  

  • Conexões autênticas: Relacionamentos profundos são um dos maiores preditores de felicidade, segundo o Estudo Harvard sobre Desenvolvimento Adulto.  

Trem rumo à felicidade, jornada ilustrada

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  1. Conclusão: Felicidade é Uma Escolha Diária  

A felicidade não é algo que se adquire, mas algo que se pratica. Ela está menos nas circunstâncias e mais na maneira como interpretamos e respondemos a elas. Como escreveu Carl Jung: "Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta".  


Em vez de perseguir a felicidade como um objetivo externo, talvez devêssemos focar em construí-la a partir de dentro — reconhecendo que, em sua essência, ela é uma dança entre aceitação, propósito e a coragem de viver autenticamente.  


Pergunte-se hoje: O que a sua versão da felicidade inclui? Como você pode começar a cultivá-la agora, não num futuro hipotético? A resposta está em suas mãos — e em sua mente.


Se fez sentido para você, considere agendar um horário com o psicoterapeuta Adilson Reichert, de o passo rumo a resignificação de si mesmo!


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